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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Com mudanças no ensino, crianças têm contato com as letras mais cedo


A partir deste ano, todas as crianças matriculadas no 1º ano vão começar a descobrir as letras em sala de aula, mas só irão completar o ciclo de alfabetização no ano seguinte.
Em 2010, terminou o prazo para que as escolas brasileiras se adaptassem às mudanças do Ensino Fundamental de nove anos.
O nono ano já vinha sendo implantado desde 2007 – em 2006, uma mudança na lei aumentou a duração do Ensino Fundamental. O 1º ano acumulará funções do que antes era chamado de pré-escola, acrescentando os primeiros passos do processo de alfabetização, como a correlação entre a palavra escrita e os sons das letras.
- O que existe é uma mudança pedagógica, principalmente nos anos iniciais. O projeto é que para 2011 os três primeiros anos sejam uma unidade de alfabetização em vez de um ou dois anos. Há uma diretriz básica, mas cada escola terá autonomia para desenvolver um projeto adequado à realidade da comunidade que atende – explica o presidente em exercício do Conselho Estadual da Educação, Domingos Buffon.
A iniciativa é vista por especialistas como mais uma medida para combater a baixa qualidade do ensino brasileiro. A professora da faculdade de Educação da UFRGS Tania Marques acredita que, se os projetos respeitarem as características do pensamento e do desenvolvimento afetivo de cada faixa etária, a alteração será positiva.
- A ampliação se baseia na ideia de que a alfabetização é um ciclo mais longo, e não apenas um ano. A ideia é proporcionar o contato antecipado com a palavra escrita sem que haja a necessidade de completar todo o processo.
As escolas precisaram alterar metodologias de trabalho em virtude das exigências específicas de uma criança com seis anos. A assessora pedagógica e de legislação educacional do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS ), Naime Pigatto, ressalta que deve haver um cuidado não apenas com o 1º ano, mas também com os demais anos.
Mozart Neves, integrante do Conselho Nacional de Educação e conselheiro-executivo do movimento Todos pela Educação, afirma que é difícil prever se a medida está tendo impacto:
- Não existe um indicador nacional que meça a primeira etapa da alfabetização. Uma prova nacional para medir esta primeira etapa poderia verificar se as mudanças são válidas


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